quarta-feira, julho 11, 2007

Quatro Estrelas

(Quatre Étoiles, França, 2006)



Um vigarista (José Garcia, de Por Gentileza e O Corte, de Costa-Gavras) e uma bela professora de inglês (Isabelle Carré, de Medos Privados em Lugares Públicos, de Alain Resnais), que acaba de herdar uma soma considerável de dinheiro de sua bisavó, se esbarram no hotel Carlton em Cannes, onde ela passa férias agradáveis longe do namorado pé-no-saco e da rotina parisiense. Ele invade o quarto dela se dizendo empresário de Elton John. Em busca de mais emoção e demonstrando certo fascínio por ele, passa a segui-lo. Descobre que ele é um tremendo de um picareta, que deve dinheiro de jogo a mafiosos e que o prazo para o pagamento da dívida está para se esgotar. Sem muita explicação, ela decide ajudá-lo, quitando o débito com a herança, mas querendo em troca “apenas” o dobro da quantia emprestada. E não largará mais do pé dele até receber o dinheiro. Ele então a usa para dar um golpe da venda de uma casa a um ex-piloto bocó (e rico) de Fórmula 1 (François Cluzet, de A Rainha Margot), mas previsíveis sentimentos começam a aparecer, atrapalhando os objetivos de ambos. Até aí, um filme ágil, despretensioso e divertido de Christian Vincent; quando entra a figura do piloto, no entanto, se desequilibra, perde o foco, vira um pastiche que se quer romântico sem convencer, alonga-se em sua conclusão (chocha) e perde a chance de ser uma versão light do amoral Negócios à Parte (1997), de Claude Chabrol, apesar do jeitão cafajeste (e engraçado) de José Garcia e do charme da bela ruiva Carré, que passa boa parte do filme em vestidos justos ou num baby doll, provocando o sempre mal-intencionado Garcia e o bobalhão Cluzet.

E, para finalizar, um pouco de Isabelle Carré au naturel:



2 comentários:

Ailton Monteiro disse...

Sempre bom esses presentes para os leitores..heehe

Lorde David disse...

O que eu gosto nas francesas, Ailton, é a desinibição delas em tirar a roupa nos filmes, ao contrário de muitas atrizes americanas. Alguns chamam isso de naturalidade à francesa. Ou de exibicionismo à européia. Mas eu não me importo nem um pouco com a terminologia e sim com que é mostrado, hehehe.