(Brasil/Rio Grande do Sul, 2007)
Cão sem raça e sem dono. Um sujeito feioso, largado e doente. Uma bela modelo que inacreditavelmente se interessa por ele. Pelo sujeito, não pelo cão, está claro. Pelo cão, também. Iniciam um relacionamento. A princípio, ele não se interessa muito. Depois, ela fica doente também e some. Ele, então, fica desesperado. E mais doente ainda. Mas um zelador que pinta quadros horrorosos está ali para socorrê-lo. E papai, também, no final das contas. Filme de tempos mortos de Beto Brant e Renato Ciasca, que escancara um certo vazio existencial, angustioso, etc., que parece afligir esses jovens atormentados por volta dos trinta anos. Por conta disso, pelo seu baixo orçamento e pelo fato de quase nada acontecer ao tentar forçar uma naturalidade por meio de diálogos e situações que me pareceram um tanto desajeitadas, elogiadíssimo. Ou vazio, somente, ainda que bem melhor que Crime Delicado (2005), trabalho anterior de Brant.
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