quarta-feira, novembro 29, 2006

Happy Feet - O Pingüim (Happy Feet, Austrállia, 2006)



Basta por um instante de coisas cabeçudas ou infelicidades amorosas. Vamos à alegria descompromissada do pingüim sapateador de George Miller, a genial cabeça por trás de Mad Max, As Bruxas de Eastwick, Babe e Óleo de Lorenzo, que nesta animação computadorizada e detalhista se renova com mais um de seus personagens lutadores e à margem de todo o resto.

Aqui, o pingüim imperador Mano ou Mumble nos ensina que bater os pés, ao contrário do que afirmavam broncamente nossos pais, é a melhor forma de conseguir alguma coisa, já que nasceu com o inusitado dom de sair sapateando por aí. Algo que não é bem visto pelos outros pingüins da comunidade, cujos membros são disciplinados desde pequeninos a cantarolar, preparando-se para o ritual de acasalamento já mostrado com mais detalhes em A Marcha dos Pingüins, embora aqui os pingüins, ao invés de emitirem sons de pássaros assanhados e à exceção do desafinado Mano, soltem a voz em versões de músicas consagradas do Queen, Prince, Frank Sinatra e outros.

Talvez alguns jornalistas culturais enxerguem nisso mais uma alegoria da Era Bush, suas restrições, intolerância e blá-blá-blá. Na verdade, sobre a proibição da dança na comunidade, eu pensei em Footloose, clássico das sessões da tarde, reprisado até não poder mais e ser substituído por outros filmes parecidíssimos com títulos como “muito louco”, “muito doido” ou “da pesada” no complemento dos títulos brasileiros (acho que Footloose tinha “louco” no subtítulo, mas deixa para lá). Há aqueles que vejam o filme como uma fábula sobre a tolerância, com mensagem ecológica e toda essa verdade inconveniente. Felizmente, isso tudo dura pouco. O que conta mesmo é a bem narrada jornada do pingüim pelo mundo, que Miller filma de maneira épica, substituindo as dimensões do deserto australiano de Mad Max 2 pela imensidão das geleiras da Antártica.

Sapateando pelo mundo em animados números de tap dance e na companhia de outros hilários pingüins desajustados, Mano adentra no misterioso mundo dos humanos para descobrir o que está causando a escassez de peixes que ameaça a sobrevivência das espécies da banquisa. E sapateando em sua jornada de auto-afirmação, aceitação e coisa e tal, busca ser compreendido também pelos homens, tentando irmanar-se a eles pelo bate-pé, o que é extraordinário, pois sabemos que o que não falta neste mundo é compreensão, sobretudo entre os seres da mesma espécie, , n'est-ce-pas? Ainda assim, impossível não ter simpatia por uma criatura tão animada e seus amáveis coleguinhas de smoking. O resto é conversinha highbrow sobre o estado cult ou cool das coisas.

terça-feira, novembro 28, 2006

O Cisne (The Swan, EUA, 1956)

Charles Vidor foi um diretor de Hollywood conhecido acima de tudo por Gilda, lendário filme noir de erotismo invulgar com Rita Hayworth e Glenn Ford. Mas este húngaro prolífico, atento às elegâncias e esnobismos da corte de sua outrora aristocrática terra natal e baseando-se em peça do compatriota Ferénc Molnar, autor de Os Meninos da Rua Paulo, realizou para a MGM, com muita classe e nenhuma pompa vazia, este hoje menos conhecido drama palaciano com temperos cômicos, e que já havia sido adaptado para o cinema em duas ocasiões, em 1925 e 1930.

Logo na primeira cena, o humor se impõe com o padeiro que entrega os pães na cozinha do castelo onde se desenrolará toda a narrativa. Alguns caem da cesta. O chef então os recolhe do chão e, por troça, nem hesita em colocá-los na bandeja do café da manhã que será servido à princesa Beatrix, insolente matriarca do local. O cisne do título é a sua filha mais velha, a tímida princesa Alexandra, vivida pela belíssima Grace Kelly em seu último papel antes de se tornar princesa de fato. Decidida a recuperar a coroa do reino, perdida em tempos napoleônicos para a sua tia, a rainha Maria Dominika (Agnes Moorehead), a mãe aproveita a visita de seu primo, o príncipe herdeiro Albert, para aproximá-lo de Alexandra, que, no entanto, tem olhos para seu tutor, o plebeu Nicholas Agi (Louis Jourdan). O príncipe é vivido pelo formidável Alec Guinness, ser de muitas faces no cinema, que aqui empresta seu charme britânico para compor um personagem que prefere dormir o dia inteiro, visitar as vacas sendo ordenhadas nos estábulos ou jogar bola com os irmãos mais novos de Alexandra a cortejar a loira princesa, apesar das insistências e armações da mãe. Ainda assim, age como um cavalheiro no final atípico e melancólico, quando diz à relutante Grace Kelly um memorável discurso que a faz aceitar sua condição de nobreza e resignar-se, tal como um cisne que só é belo quando está nadando no lago e todo desajeitado fora dele.

É bela ainda a cena do baile em que Alexandra e Nicholas dançam silenciosamente, com a tristeza impressa no rosto de ambos e o desejo latente de ficarem juntos, mas que é dificultado pelas conhecidas convenções sociais e pelo próprio orgulho esnobe do professor. Em suma, a delightful little film visto no TCM, para aqueles que sabem apreciar uma boa velharia em Technicolor, cujo final é também um verdadeiro canto de cisne de Grace Kelly no cinema.
Sexta nos cinemas: O Labirinto do Fauno




De volta às origens hispânicas, Guillermo del Toro ensina aos criadores da recente adaptação de As Crônicas de Nárnia e ao indiano da Filadélfia como fazer uma fábula à moda antiga: brutal, mas encantadora, sem esquecer do olhar infantil que a justifica e sem sucumbir ao peso excessivo dos efeitos especiais computadorizados. E Sergi López como o capitão franquista é o mais assustador de todos os vilões, porque real, metódico e violento.
Jece Valadão (1930-2006)


Para variar, lá se vai mais um neste ano sinistro. Desta vez, o eterno cafajeste Jece Valadão, que atuou em mais de cem filmes. Seu último trabalho de destaque foi na minissérie Filhos do Carnaval, da HBO. Também trabalhava no novo filme que marcaria o retorno de Zé do Caixão às telonas, Encarnação do Demônio.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Em Roma, como os Romanos




Dois lançamentos, mais duas visões sobre a conhecida sina do general e cônsul romano Caio Júlio César, que deu início ao fim da República Romana ao cruzar o Rubicão com seu exército vitorios0 da Conquista da Gália. O primeiro, clássico absoluto de Joseph L. Mankiewicz, é o César de Shakespeare, do mito, do “et tu Brutus” e traz outro mito em seu elenco, Marlon Brando, compondo um extraordinário Marco Antonio, além de James Mason como Brutus e John Gieguld como Cássio. O segundo, milionária e detalhista minissérie da HBO e da BBC, desmistifica o general, mas reafirma seu carisma, sua habilidade como político e estrategista e traz uma Roma nunca antes vista, corrupta, com as ruas imundas, multidão se espremendo em vielas confusas, patrícios andando em meio a plebeus, porcos e cães e muros e monumentos totalmente grafitados com pornografia, bem ao contrário da Roma marmorizada de outras produções épicas italianas ou hollywodianas. Entre seus co-criadores, John Milius, que, da mesma forma que em Conan, o Bárbaro, retoma sua visão épica da política entrelaçada à violência. Está prometida para o ano que vem a segunda temporada, que continua com a saga do brutal imperador Otávio Augusto. Ave, César!

domingo, novembro 26, 2006

Bola murcha!

Eu não sou lá muito chegado em futebol e não era a minha intenção fazer disso um assunto das minhas postagens. Mas certamente sou chegado numa ironiazinha. Por causa da incrível simultaneidade dos resultados nos gramados brasileiros deste fim de semana, não resisti e resolvi “homenagear” meus conterrâneos campineiros sempre amantes do bom futebol. Eu disse sempre? Bom, não desta vez! Segue então a minha singela homenagem aos dois gloriosos e arqui-rivais esquadrões campineiros responsáveis por fazer a eterna cidade das andorinhas amanhecer um pouco mais, digamos assim, "emo" nesta segundona (ops!).


A Ponte Preta, a macaquinha alvinegra, o autodeclarado mais antigo clube de futebol do país e que nunca ganhou nada a não ser alguns Paulistinhas, ganhou desta vez mais uma passagem de volta à segundona do Brasileirão. Volver, sempre!


Guarani Futebol Clube. Eu disse bola murcha? Murchíssima! E o eterno Bugrão do Brinco de Ouro da Princesa, então? Campeão brasileiro de 78 (o único campeão brasileiro do interior!!!) e vice em duas outras ocasiões, está rebaixadíssimo para disputar o troféu da terceirona do Campeonato Brasileiro, ao lado de São Raimundo, Treze, Brasil de Pelotas e outros timaços. Como diz o hino do clube, “avante, avante, meu bugre”.

sexta-feira, novembro 24, 2006

A Fúria de Um Bravo (Never Let Me Go, EUA, 1953)

Há dias vi esse filme no canal TCM achando que, pelo título brasileiro e pela direção de Delmer Daves, tratava-se de um western. Na verdade, Never Let Me Go é um melodrama old fashion da MGM sobre a Guerra Fria. Nele, Clark Gable interpreta um jornalista americano correspondente em Moscou bem nos primórdios do esfriamento das relações entre americanos e soviéticos. Lá, se apaixona por uma bailarina do Bolshói (Gene Tierney, que tem o rosto de uma bonequinha russa). Como bom americano, produto da livre iniciativa e do individualismo yankee, não perde tempo e casa-se com a moça (afinal, trata-se de Clark Gable!), mas é obrigado a partir sem ela. Organiza então com um engenheiro inglês (Richard Haydn), que também deixou a sua bailarina para trás, um arriscado plano para resgatá-las e assim curtirem juntos as delícias do capitalismo burguês.

O romance entre Gable e Tierney é um tanto frouxo. Daves filma melhor a relação entre os homens, o que não é de se estranhar, já que vários de seus trabalhos, como os westerns Flechas Ardentes ou Como Nasce um Bravo, são aventuras quase que inteiramente masculinas. Por isso, a segunda parte, em que os dois partem num iate para resgatar as bailarinas na União Soviética é muito mais inspirada, com suspense, ação e toques cômicos, graças à eficiência da direção. E Richard Haydn, conhecido coadjuvante de várias produções da época, rouba todas as cenas. É impagável, por exemplo, a cena em que embebeda os oficiais russos da guarda costeira, brindando a todo instante algum inventor ou cientista soviético que teria, de acordo com a história oficial do Politburo, inventado a lâmpada, o carro, o trem, o avião, etc. São tantas as invenções atribuídas aos soviéticos que rapidinho os tais camaradas bigodudos tombam. Haja vodca.
Adagio sostenuto, poco spirituoso

Não temos mais carroças, fiacres ou carruagens que conduzam lordes e duques aos seus destinos hoje em dia. Está certo que São Paulo Capital City não é, nem nunca foi uma terra de lordes, ainda que muitos novos ricos se esforcem em achar que cumprem bem esse papel. HAHAHA. Em compensação, temos um formidável sistema de transporte público, como os ônibus, que talvez por nostalgia deste passado vagaroso e contemplativo se esmerem em ser tão ou mais lentos que as antigas carruagens. Mas divago, devagar, claro. Tudo até o Blogger vai devagar. Êta vida besta!
O Caminho para Guantánamo

Eu não queria falar sobre este filme. Não queria nem assisti-lo. Winterbottom me cansa com sua tagarelice do tipo “um outro mundo possível” desde que filmou Código 46, com o também engajadíssimo Tim Robbins. Mas não resisti. Serei breve ou nem tanto.
O que se faz quando a guerra está prestes a explodir no país vizinho? Em vez de fugir, corre-se para ele. Essa é a brilhante idéia que ocorre a um grupo de jovens britânicos de origem muçulmana, enquanto visitam o Paquistão para acompanhar o casamento de um deles, no ano de 2001. Sabendo que as tropas da OTAN estão para bombardear e invadir o Afeganistão, esses quatro iluminados partem obstinadamente para o reduto do talibã. Mas com que propósito? Lá, fugindo dos ataques, vão parar num acampamento talibã e então são presos pelos soldados da Aliança do Norte. Um se perde e nunca mais é encontrado. Tem início o martírio dos outros três. Sob custódia dos americanos malvados, após duros interrogatórios, são levados amarrados para Guantánamo, em Cuba, onde ganham um novo corte de cabelo, novas roupas e permanecem enjaulados por vários anos, mantidos na maior parte do tempo em silêncio e sofrendo torturas e privações diversas, que inclui, entre outras cortesias do Tio Sam, ouvir música ruim a um som altíssimo. Jamais são acusados formalmente e sequer têm direito a advogado, até serem libertados em 2005. Essa jornada real, certamente cruel e injusta, é narrada com a habitual competência técnica por Michael Winterbottom (aqui dividindo a direção com Mat Whitecross) e retoma parte da temática de Neste Mundo, que também era um docudrama. No entanto, parece feito por oportunistas para agradar ao antiamerianismo militante existente no mundo e recrudescido após o 11 de setembro. Tanto que foi premiado com Urso de Prata de Melhor Direção na Berlinale 2006. Uma decisão política, claro, como ocorre vez ou outra nas escolhas do Prêmio Nobel de Literatura.
Um ótimo filme, especialmente para aqueles que descobriram agora que o mundo é um lugar injusto, que tortura é coisa feia, que Bush é um cara malvadão, que os EUA são o império do mal e para todos os leitores imparciais da Carta Capital, Carta Maior, Blog do Dirceu, The Daily Worker, Le Monde Diplomatique und so weiter. É, este mundo é mesmo um lugar injusto.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Philippe Noiret (1930-2006)

Eh, isso aqui mal começou e já corre o risco de se tornar um obituário. E desta vez lá se vai o Philippe Noiret, conhecido como o Totó de Cinema Paradiso, o Pablo Neruda, de O Carteiro e o Poeta e tantos outros filmes de exploração sentimental. Participou de mais de 150 filmes, vários com o diretor Bertrand Tavernier, como A Vida e Nada Mais, que lhe rendeu o (segundo) César de melhor ator em 1990. O último filme com ele que passou nos cinemas brasileiros foi o divertido Pai, Filhos, etc., produção franco-canadense de 2003, onde, por meio de inúmeros estratagemas, se empenha em fingir de doente à beira da morte para reaproximar os filhos briguentos numa viagem um tanto amalucada pelo Canadá.
A Última Noite de Altman

Robert Altman nos deixou esta semana, aos 81 anos. Autoral, dono de um estilo todo dele, unindo muita improvisação, ironia a uma dezena de personagens que soltavam a matraca o tempo inteiro, entre outras características, o cineasta de Kansas City soube imprimir sua marca até em produções comerciais como Popeye, fracasso que dirigiu em 80, baseado nos famosos cartoons de E.C. Egar e Max Fleischer. Neste filme, nada mais Altman que o personagem de Brutus, distribuindo socos, murros e patadas do jeito que o próprio diretor faria, com muita mais classe, porém, em filmes como O Jogador, Short Cuts, Gosford Park e no recente A Prairie Home Companion, ou A Última Noite. Este último, como muitos já assinalaram, pode ser considerado seu testamento pela maneira franca com que fala da morte, que passeia entre os inúmeros personagens enquanto o lendário programa de rádio do título original vai chegando ao fim. Pelo menos, a despedida é cheia de humor e ternura. E se uma pessoa é lembrada mais morta que viva, esperemos então que as distribuidoras nacionais honrem a memória do “Velho Homem” e (re)lancem em DVD edições especiais de seus filmes. E com o formato de tela widescreen, por favor. Ele merece.
Oh, What a Beautiful Morning!

Nada mais frívolo que musicais, ainda mais os hollywoodianos dos anos 40 ou 50, coloridíssimos e alegres demais para muitas das mentes engajadas deste país subdesenvolvido. Ou seja, um gênero démodé esnobado por muitos, admirado por poucos, como sábios e saudosistas. Assim, para mim, com as idéias fora do lugar, nada mais contagiante que tais extravagâncias que mesclam música, canto e dança, especialmente para esquecer os sentimentos lúgubres que nos assaltam de vez em quando.
Nesses casos catastróficos, revejo Oklahoma! (1955). Um fiapo de estória, em que uma lady (a novata Shirley Jones, então com 19 anos) tem que se decidir entre o bronco Jud (Rod Steiger) e o galante Curly (Gordon MacRae, o ídolo de Jones na infância) para acompanhá-la ao baile local, onde se celebrará também a inclusão de Oklahoma (OK) como o mais novo estado da União (“Brand new state”). Adivinhem a escolha da moça ao final?
Foi o primeiro musical de Fred Zinnemann, austríaco da mesma geração de Billy Wilder, Edgar G. Ulmer e Robert Siodmak e conhecido por filmes classudos e sombrios como A Um Passo da Eternidade e Matar ou Morrer. Mesmo com protagonistas tão caipirões, Oklahoma! tem também sua classe, especialmente nas coreografias e na direção mais do que segura de Zinnemman. No palco, onde estreou em 1943, a peça se destacava pelo pioneirismo das canções diretamente ligadas à narrativa e pela austeridade da produção (tanto que até hoje é muito montada nas high-schools americanas). No cinema, ao contrário, a Fox não poupou dinheiro, com a fotografia em Technicolor e rodado em Todd-AO, ou seja, em 70 mm, destacando as amplas planícies rurais, e uma movimentação toda especial das pesadas câmeras. Como a maioria dos cinemas americanos da época não dispunha do tal equipamento, mais tarde o filme precisou ser refeito tomada por tomada em CinemaScope, a fim de ser exibido no restante do país. Em ambos os lançamentos, foi um arrasa-quarteirão.
No DVD duplo da Fox, as duas versões foram incluídas, o que permite comparar as diferenças de ângulos e posicionamento das câmeras, além de material extra como comentários e “Siga a Canção”, onde você pode destroçar ouvidos alheios cantarolando as belas canções compostas pela dupla Rodgers e Hammerstein, como “Many a New Day”, “Oh, What a Beautiful Morning” e, claro, “Oklahoma”. Ou seja, “Oklahoma!” ainda é mais do que “OK”.
Aqui vai. Atendendo a inúmeros pedidos (bom, nem tantos assim), Lorde David inicia sua gloriosa trajetória de blogueiro. A princípio, falarei sobre filmes e essas coisas que tanto ocupam meu tempo desde os onze anos. Mas nada me impedirá de comentar assuntos menos importantes ou corriqueiros como inflação, taxas de juros, guerras, furacões e outras amenidades, sempre com a sobrancelha erguida e um pouco de stiff upper lips, claro. Anyway, a arte é longa, a vida é breve e blogs são mais breves ainda. Tentarei ao máximo mantê-lo atualizado e, sem mais delongas, comecemos.