(La Planète Blanche, França/Canadá, 2006)
Um urso polar caminha sob a superfície gelada do Ártico, seu habitat. O chão em que pisa porém é cada vez mais fino. Deixará de existir um dia. Este é o seu drama. O planeta branco do título é o Pólo Norte, e menos branco em razão dos desacertos atmosféricos, neste documentário feito com habitual rigor técnico pelos franceses Jean Lemire, Thierry Piantanida e Thierry Ragobert. Há também a luta pela sobrevivência de outros bichos, como melros, focas, morsas e renas Mas não há pingüins. Nenhuma exaltação no tom, nenhum alerta ecológico explícito. Ao contrário, o texto da narração, poético, evita o didatismo e casa-se com as imagens, deslumbrantes, como no registro da aurora boreal, de véus e arcos luminosos suspensos no céu, movendo-se ao som da trilha sonora, ou, mais uma vez, do solitário urso branco perdendo-se na imensidão branca da banquisa no final do filme. Um mundo de ecossistema complexo, porém, condenado.
4 comentários:
Vi o trailer desse filme e me chamou a atenção. Acho que vou assistir quando chegar aqui. Engraçado que eu não sou fã de documentários do Discovery Channel.
Não é um documentário do Discovery. Mas também não é A Marcha dos Pingüins.
Parafraseando Nelson, chorei lágrimas de esguicho nesse filme. Definitivamente não posso ver bichos morrendo.
Beijo.
É a natureza. Bicho come bicho, sua chorona. Mas não posso falar muito. Ando assim também, hehehe. Um beijo e saudades.
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