(Brasil, 2006)
Mais uma vez a favela em perspectiva, num tom seco, naturalista, com diálogos que soam improvisados, decupagem com câmera solta, sempre próxima dos atores, tentando evoluir para uma verdade cinematográfica muito comum hoje em dia e que acaba não se configurando, na trajetória do quarteto de moças do título, que depois vira trio, vira duo e um dia acaba porque os homens são todos maus e sacanas, embora o empresário delas seja um tipo engraçado. Mas o quarteto voltará, pelo menos para a série da Globo, produtora do filme. Problemas surgidos, problemas resolvidos. Ou nem tanto. As moças, pelo menos, são afinadas, mas tudo fica num esboço, num vir a ser que não vem. Tata Amaral já fez melhor em Um Céu de Estrelas, penso. Aqui, naturalismo estéril, em sonoridade hip-hop, ritmada. E sobram aquelas boas intenções de sempre, bem do tipo que exalta a doçura dessa brava gente tão brasileira, especialmente a das mulheres. Os gringos, no entanto, vão adorar.
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