domingo, fevereiro 25, 2007

13 Tzameti

(França, 2005)



Sempre seco e direto, decepciona um pouco no final, mas traz boas cenas de tensão durante a sua trajetória, em que um pedreiro imigrante do Leste Europeu, Sébastien (George Babluani), necessitado de dinheiro, pega a identidade de seu falecido patrão, morto por overdose, junto com misteriosas instruções que encontra num envelope e, seguindo-as, envolve-se em um sinistro jogo de roleta-russa, onde cada participante aponta a arma para a cabeça do outro, em vez de apontar para a própria, e são feitas altas apostas pelos organizadores. Ele é o jogador de número 13. O puro acaso determina quem sobrevive. Assim, a cada rodada tensa e sangrenta, acende-se uma lâmpada, puxa-se o gatilho, caem os corpos e aumenta-se o valor do dinheiro apostado, até o último que ficar de pé. Aumenta também a adrenalina daqueles que sobrevivem, sobretudo a do novato Sébastien, que parece pouco a pouco mais afeito a seguir adiante, e tensões, impressas nos rostos, se armam entre os competidores, que estão ali, descartáveis, somente para morrer, enquanto seus apostadores arriscam reflexões filosóficas sobre a sorte, a vida e a morte, neste curioso thriller de estréia do diretor francês Géla Babluani, que sabe muito bem, num preto e branco expressionista, armar um clima forte e concentrado de suspense entre as cenas, evitando maiores aprofundamentos sobre os personagens ou sobre a origem da competição e dos indivíduos que estão por trás dela, aparentemente milionários entediados, em busca de emoções arriscadas, um pouco à maneira de O Albergue (2005), de Eli Roth, sem o mesmo sadismo, no entanto.

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