(Candy, Austrália, 2006)
Jovens drogados à deriva em Melbourne, dilapidando as suas vidas pelo vício da heroína, neste drama amargo, à maneira do também aussie (e superior) Sob o Efeito da Água (2005). Mas essencialmente uma história de amor entre a bela Candy (Abbie Cornish), uma artista plástica, e Dan (Heath Ledger), um poeta sem um ponto de apoio na vida, e a heroína que os mantém unidos, a qualquer custo, apesar dos reveses da vida e dos crimes que cometem para manter o vício, sendo ela obrigada inclusive a se prostituir, sem o menor remorso da parte dele. Casam-se, mudam-se de lugar várias vezes. Ela vai enlouquecendo. Tentam abandonar o vício que os consome, mas é um caminho sem volta, sobretudo para Dan, que ao final preferirá, pelo menos, manter essa ilusão romântica de estarem juntos para sempre em sua memória. Assim, em seqüências bem marcadas pelos intertítulos, seguem o conhecido trajeto do Paraíso ao Inferno no mundo dos drogados.
Um filme de atores, sobretudo, destacando-se o casal protagonista mais Geoffrey Rush como um drogado sênior e com PhD em química, capaz de fabricar seu próprio veneno, e uma certa placidez no estilo do diretor e roteirista Neil Armfield, às vezes melodramático, às vezes poético, mas não mais do que isso.
1 comentário:
Gostei da resenha!
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