(Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan, EUA, 2006)
Fala-se hebraico com sotaque polaco no anti-semita Cazaquistão de Borat, um lugar onde todos os habitantes parecem sofrer sérios de distúrbios sexuais ou mentais ou os dois juntos. Borat, o personagem-título e repórter folclórico da TV local, decide ir à América em missão oficial para aprender um pouco mais sobre os costumes dos americanos e de sua grande nação para benefício do próprio Cazaquistão. Seu anti-semitismo é caricatural. Ele, um ser também todo caricatural, tipo criado pelo ator britânico Sacha Baron Cohen na TV, descobre um país de gente real que mais parece caricatura, ao dar de cara com feministas, gays, políticos, cowboys de rodeio e evangélicos. E não hesita em constranger ou ser inconveniente a nenhuma dessas criaturas em sua viagem de Nova Iorque à Califórnia em busca do sonho americano, ou melhor, de Pamela Anderson.
Humor grosso, grotesco muitas vezes, politicamente incorreto sempre, infame, divertidíssimo, em ritmo de falso documentário. Mas não para todos os gostos. Cohen é constrangedor um pouco à maneira de Larry David no seriado Curb your Enthusiasm, mas sem medo de se expor (mais ainda) ao ridículo e de modo mais explícito e ultrajante até, dando a cara (e outras partes, também) para bater. Não à toa, o filme é dirigido pelo produtor e diretor da série de David, Larry Charles. E depois dessa viagem iconoclasta, não me venham dizer que os judeus são um grupo de privilegiados naquela América profunda, das armas e da Bíblia, dominada pelos goyim (gentios). Oy vey!
2 comentários:
Se essa moda pega ir a praia vai se tornar um desfile de horrores..hehehe
Tem alguns lugares que já é assim. E pior: um festival de pelancas debaixo de maiôs e sungas berrantes, hehehe.
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