Pai e filho. Judeus, advogados por profissão. O filho, um defensor público e professor universitário de Direito Penal, em crise na vida e no casamento com uma professora de Pilates que era sua aluna e a quem ajudou num processo, que os aproximou e os uniu. O pai, uma “lenda” do Direito, um advogado com bom trânsito nos corredores do Palácio da Justiça de Buenos Aires, graças a sua habilidade política para se infiltrar com facilidade nas engrenagens e bifurcações do sistema, sem ter de enfrentar a burocracia e as filas. Com o prédio onde o filho trabalha condenado e os processos removidos para outro lugar, ele fica com um mês de tempo livre, ocioso pelas ruas da capital portenha. Chance de conhecer melhor o pai e de ficar mais tempo com o filho pequeno. Ou não, nesta crônica bem conduzida por Daniel Burman (O Abraço Partido, 2003, que também versava sobre o filho em busca da figura paterna), com momentos ora pungentes, ora engraçados. Tantos momentos “adoráveis” assim cansam certa feita, mas o filme é agradável, levado em tom de confidência não lamentosa e segura, sobretudo graças à interpretação de Daniel Hendler, ator recorrente de Burman, cujo discurso em primeira pessoa pontua a narrativa nunca de forma óbvia, até se calar em momentos de silêncio pungente, quando é a vez do filho assumir de vez o lugar do pai.
Wer sich der Einsamkeit ergibt ("Aquele que se entregou à solidão") - Goethe
quarta-feira, agosto 08, 2007
As Leis de Família
(Derecho de Familia, Argentina, 2006)
Pai e filho. Judeus, advogados por profissão. O filho, um defensor público e professor universitário de Direito Penal, em crise na vida e no casamento com uma professora de Pilates que era sua aluna e a quem ajudou num processo, que os aproximou e os uniu. O pai, uma “lenda” do Direito, um advogado com bom trânsito nos corredores do Palácio da Justiça de Buenos Aires, graças a sua habilidade política para se infiltrar com facilidade nas engrenagens e bifurcações do sistema, sem ter de enfrentar a burocracia e as filas. Com o prédio onde o filho trabalha condenado e os processos removidos para outro lugar, ele fica com um mês de tempo livre, ocioso pelas ruas da capital portenha. Chance de conhecer melhor o pai e de ficar mais tempo com o filho pequeno. Ou não, nesta crônica bem conduzida por Daniel Burman (O Abraço Partido, 2003, que também versava sobre o filho em busca da figura paterna), com momentos ora pungentes, ora engraçados. Tantos momentos “adoráveis” assim cansam certa feita, mas o filme é agradável, levado em tom de confidência não lamentosa e segura, sobretudo graças à interpretação de Daniel Hendler, ator recorrente de Burman, cujo discurso em primeira pessoa pontua a narrativa nunca de forma óbvia, até se calar em momentos de silêncio pungente, quando é a vez do filho assumir de vez o lugar do pai.
Pai e filho. Judeus, advogados por profissão. O filho, um defensor público e professor universitário de Direito Penal, em crise na vida e no casamento com uma professora de Pilates que era sua aluna e a quem ajudou num processo, que os aproximou e os uniu. O pai, uma “lenda” do Direito, um advogado com bom trânsito nos corredores do Palácio da Justiça de Buenos Aires, graças a sua habilidade política para se infiltrar com facilidade nas engrenagens e bifurcações do sistema, sem ter de enfrentar a burocracia e as filas. Com o prédio onde o filho trabalha condenado e os processos removidos para outro lugar, ele fica com um mês de tempo livre, ocioso pelas ruas da capital portenha. Chance de conhecer melhor o pai e de ficar mais tempo com o filho pequeno. Ou não, nesta crônica bem conduzida por Daniel Burman (O Abraço Partido, 2003, que também versava sobre o filho em busca da figura paterna), com momentos ora pungentes, ora engraçados. Tantos momentos “adoráveis” assim cansam certa feita, mas o filme é agradável, levado em tom de confidência não lamentosa e segura, sobretudo graças à interpretação de Daniel Hendler, ator recorrente de Burman, cujo discurso em primeira pessoa pontua a narrativa nunca de forma óbvia, até se calar em momentos de silêncio pungente, quando é a vez do filho assumir de vez o lugar do pai.
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