(Live Free or Die Hard/Die Hard 4.0, EUA, 2007)
O Duro de Matar da era Google, onde tudo, absolutamente tudo pode ser obtido na rede (até plantas de centrais elétricas! Por que não de centrais nucleares? Ou códigos de lançamento de mísseis?), desde que você tenha um PDA e links seguros com satélites obsoletos, nesta trama um tanto cansada, um “upload” de argumentos de outros filmes, em que, em pleno 4 de julho, terroristas virtuais assumem o controle de toda a infra-estrutura dos EUA, com a intenção de conseguir dinheiro. Muito dinheiro, claro. E para isso causam pânico, apagão, colapso, essas coisas, através de cliques no mouse. No meio do caminho, obviamente esbarram no incansável e “obsoleto” John McClane (Bruce Willis), a princípio encarregado apenas de escoltar até Washington um hacker (Justin Long) que deu a sua contribuição virtual para o plano dos bandidos. Mas só a princípio, num mundo onde analistas aparentemente têm muito mais poder que presidentes ou ex-presidentes, ao reforçar a crença das pessoas na imagem, ainda que sejam falsas ou tendenciosamente editadas, em duas seqüências-chave, dispersas no entanto diante da saraivada de balas e obviedades que crivam a narrativa.
Boas, mas pouco envolventes cenas de ação (que aqui não são todas digitais, ao contrário da trama), em história manjadíssima, com a típica irreverência de McClane soando forçada em relação às edições anteriores, e uma fotografia homogênea, conferindo ao filme um tom quase asséptico pelo insípido diretor Len Wiseman (Underworld, 2003). Movimentado, mas incrivelmente aborrecido, sobretudo pela sensação de déjà vu das explosões e perseguições (pouco) espetaculares e por conta da já bastante rotineira indestrutibilidade de McClane e da própria persona de Willis, que se confunde com a de personagens durões que interpretou em outros trabalhos, como O Último Boy Scout (1991) e 16 Quadras (2006), por exemplo. No fundo, ando mesmo muito aborrecido, mas deixa pra lá.
2 comentários:
Eu gostei bastante, David. Claro que depois que a gente sai do cinema, a gente meio que esquece, mas enquanto o negócio dura, a diversão é garantida. Pelo menos, pra mim foi assim. hehe
O filme avançava e eu já ia adivinhando os passos seguintes da trama, inclusive as piadas, e não conseguia de jeito nenhum me envolver nas seqüências de ação.
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