sexta-feira, abril 13, 2007

Uma Juventude Como Nenhuma Outra

(Karov La Bayit, Israel, 2005)



Duas meninas e o Exército de Israel. Uma sólida instituição numa terra em constante estado de alerta e duas frágeis garotas recém-alistadas numa unidade feminina de patrulhamento. Mais parecem colegiais de uniforme que soldados. Uma, a mais bonita e de família tradicional, quer impor a disciplina na maçante patrulha pelas ruas de Jerusalém Oriental, fazendo o registro de árabes suspeitos, trabalho muitas vezes humilhante. A outra, mais liberal e rebelde, dá suas escapadas ao cabeleireiro, sob o olhar severo de sua estressada comandante. Em meio ao risco real de atentados terroristas e prisões por insubordinação, juntas manterão sua feminilidade, diante da vitrine de uma butique ou flertando com rapazes. É uma maneira de sobreviver. Após uma explosão, os laços entre elas se estreitarão, apesar das diferenças, de uma maneira até esperada, mas que tem seus encantos. Femininos, está claro, neste filme levado com naturalismo, com ênfase nos enquadramentos fechados, pelas diretoras Vardit Bilu e Dalia Hagar, e que ganhou um título idiota por aqui, para variar, cujo original em hebraico nada mais é que “perto de casa”.

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