(Meet the Robinsons, EUA, 2007)
Um jovem inventor, criado órfão, é transportado para o futuro. Lá conhecerá a família que nunca teve, os Robinsons, um tanto excêntrica, e terá de deter, com a ajuda do caçula, um malfeitor, de posse de outra máquina do tempo, roubada da tal família. Quer também voltar para o passado, conhecer sua mãe e impedi-la de abandoná-lo. Mas passado é passado. Às vezes, é melhor deixá-lo para trás.
Boa animação 3D da Disney, produzida por John Lasseter, da Pixar, sem animais falantes, esquilos hiperativos ou arremedo de citações pop num fiapo narrativo. Aqui, ao contrário, a estória flui bem, apoiada por bons tipos, como um chapéu-coco de mil e uma utilidades, um vilão que lembra o saudoso Terry Thomas ou uma professora movida a cafeína, em tons dickensianos, sombrios, no começo, quando o protagonista é deixado bebê na porta do orfanato em dia tipicamente chuvoso. Mas só no começo. No futuro, o mundo explode em cores vibrantes, e o filme acelera-se como nunca e ganha mais humor, especialmente quando nos introduz a anárquica família Robinson, que lembra muito a excêntrica família de Jean Arthur no filme Do Mundo Nada Se Leva (1938), de Frank Capra, com um pouco do espírito da deliciosa animação de Mark Dindal, A Nova Onda do Imperador (2000), também da Disney. Bom, famílias são todas estranhas, mesmo. De resto, de acordo com o lema do patriarca dos Robinsons, siga em frente, em direção ao futuro, e divirta-se.
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