(Ghost Rider, EUA, 2007)
Um Fausto moderno, com ambientação que retoma muito das paisagens desérticas dos westerns, aqui trocando o cavalo pela motocicleta envenenada do jovem motoqueiro Johnny Blaze, que faz um pacto com Lúcifer (Peter Fonda) para salvar o pai, com câncer terminal. O pai, no entanto, morre. E Johnny, cheio de culpa, errará pelo mundo, ou melhor, pelo sul dos EUA, se apresentando em shows de saltos de motocicletas, como um Evel Knievel imortal, em números cada vez mais perigosos e arrojados, até o dia em que Satã pessoalmente aparece para cobrar dele uma dívida antiga. À noite, Blaze (Nicolas Cage) então se transformará no mensageiro do diabo, o personagem-título, uma caveira em chamas, que é um autêntico Hell’s Angel, capaz de transitar entre o mundo dos mortos e dos vivos. Além disso, terá que enfrentar como oponentes uma gangue de anjos do mal, liderados por Coração Negro (Wes Bentley), filho de Satanás, pronto a desafiar Deus e o Diabo e tornar o mundo dos homens em um autêntico inferno (como se já não fosse assim!). Vai enfrentá-los no duelo final numa cidade fantasma que era uma espécie de Sodoma do Velho Oeste. Também reencontrará uma antiga paixão (Eva Mendes), a praga de quase todo herói (ou anti-herói, no caso) dos quadrinhos.
Ótimo personagem, um cavaleiro moderno repleto de preocupações metafísicas ao mesmo tempo em que é fascinado por máquinas, jujubas e The Carpenters. Filme, nem tanto. Sem estilo, demora a pegar fogo, literalmente, como prometia o já fraco trailer. Esquecível, apesar das curvas de Eva Mendes, dos efeitos especiais eficazes e da atuação até que cool de Cage, ele mesmo antigo fã de quadrinhos.
2 comentários:
é, não é o melhor filme de todos os tempos, nem vai mudar a vida de ninguém, mas... ao menos foi uma Sessão da Tarde divertidinha :-)
Também não achei aquela ruindade toda. Só superficial. Um beijo.
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