sexta-feira, março 16, 2007

Scoop - O Grande Furo

(Scoop, Reino Unido/EUA, 2006)



Do além, uma jovem repórter de um jornal universitário (Scarlett Johansson) recebe uma dica de um jornalista famoso (Ian McShane), recém-falecido, sobre a identidade de um assassino serial que anda aterrorizando prostitutas em Londres, à maneira de Jack, o Estripador. Um furo sensacional para uma novata que, com a ajuda de um mágico (Woody Allen, ele mesmo mágico amador), trata de checar a história, que envolve o charmoso aristocrata Lyman (Hugh Jackman), filho de um lorde, como o principal suspeito, de acordo com a versão do jornalista, que não descansa nem depois de morto, ao fugir do barco da Morte que cruza o rio Styx, durante a travessia para o Hades, na hilária seqüência inicial.

Um filme em que Woody Allen troca mais uma vez Nova Iorque por Londres, em uma história que lembra um pouco O Misterioso Assassinato em Manhattan (1993) com a presdigitação de O Escorpião de Jade (2001) e que serve de pretexto para ele novamente alfinetar, em tiradas quase sempre inspiradas e ao seu modo tipicamente nova-iorquino, o esnobismo das classes altas e até a posição do volante nos carros ingleses. Sua neurose contamina a maneira de atuar de Scarlett Johansson, muito bem no papel principal, repetindo os tiques de Allen e caindo de amores por Jackman, um tipo simpático, elegante e colecionador de instrumentos antigos. Em suma, um lorde, pleno de ambigüidades, no entanto. Deliciosamente irregular, essencialmente Allen. Melhor tirada, de Allen, obviamente: “Eu nasci na fé judaica. Depois me converti ao narcisismo”.

2 comentários:

Alê Marucci disse...

Ave Allen!
Vou ver hoje.
Bom final de semana, querido lorde.
Beijo.

Lorde David disse...

Bom fim de semana pra você também, querida! Mas, e aquele café, lembra? Good Lord!