(Rogue Assassin, EUA, 2007)
Menos pancadaria do que se poderia esperar de um confronto envolvendo dois grandes astros do gênero, como o lendário Jet Li (Era Uma Vez na China, Herói) e o carismático Jason Statham (Snatch, Adrenalina), pois quando existem seqüências de ação o videoclipeiro diretor Phillip G. Atwell, como Christopher Nolan em Batman Begins, dá uma de apressadinho na edição e suprime pontos importantes de uma correria pelos telhados, de um tiroteio num restaurante japonês ou de uma perseguição de carros, por exemplo, tornando tudo meio confuso quando o negócio é movimento. Ainda assim, a estória ganha notável importância e uma dramaticidade incomum para o gênero, e dessa forma assiste-se com interesse essa trama típica de vingança, em que um agente do FBI (Statham), após ver o parceiro e sua família serem brutalmente assassinados, fica obcecado em perseguir o responsável, o mitológico superassassino Rogue (Jet Li). Três anos depois, sua chance de dar o troco surge quando o matador reaparece, agora trabalhando para Chang (John Lone), o líder das tríades chinesas, e secretamente fustiga uma guerra entre Chang e Shiro (Ryo Ishibashi), chefe da Yakuza. Mas nem tudo é o que parece, conforme o filme faz questão de enfatizar em imagens mostrando espelhos estilhaçados à Dama de Xangai e máscaras desfiguradas, na inesperada reviravolta, onde Rogue e o agente do FBI demonstram ter mais afinidades entre si do que o espectador poderia imaginar. E Jason, quando não luta, atua bem. Além disso, o tipo ambíguo de Jet Li, armando inteligentemente para os dois lados, ao mesmo tempo em que se esquiva do FBI, serve bem para criar seu personagem “fantasmagórico”, ressurgindo inclusive do mundo dos mortos.
3 comentários:
John Lone e Ryo Ishibashi tem um tempo considerável em cena ou são pontas de luxo? Tô mais pra ver o filme por causa deles do que de Li ou Statham hehe.
Pois é, outras duas lendas. Eles têm um tempo considerável, sim. Inclusive o melhor confronto se dá entre Li e Ishibashi, que entre Li e Statham, muito rápidos. Acho que vale a pena ver sim. Um abraço.
Massa!
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