(Disturbia, EUA, 2007)
Depois de um breve e confuso final de semana resolvendo questões familiares e, sobretudo, político-marquetrefes envolvendo aquele tipo de favor que um dia acaba virando obrigação, e depois nem um “obrigado”, ainda mais em se tratando de política e outras coisinhas urgentes (e traumáticas), para a nossa gloriosa capital federal, a Versalhes tupiniquim de concreto do cerrado, a Brasília que rima com clamídia, excitadíssima que está com os preparativos e dizeres oficiais para um dos mais caros Sete de Setembro da história “deste paíz”, eis que acordo e retorno para repetir alguns breves chavões sobre este agradabilíssimo filme. Sim, eu sei, é o Janela Indiscreta teen e com aparatos de vigilância bem mais sofisticados na trama de um adolescente (Shia LaBeouf), carismático, em papel que reprisaria em Transformers) que, condenado justo nas férias de verão a ficar três meses recluso em casa por ter agredido o professor de Espanhol. Preso a um dispositivo eletrônico que limita seu raio de locomoção, descobre o tédio com a mãe viúva pegando no pé dele (Carrie-Anne Moss) e, sem iTunes, TV a cabo e Xbox on-line, passa a se entreter bisbilhotando os vizinhos e principalmente uma bela moradora (Sarah Roemer), recém-chegada à “Disturbia” dos subúrbios americanos. Nas tocaias que arma, desconfia que um deles, bem mulherengo (David Morse), possa ser um serial killer de primeira. Ou tudo não passaria da imaginação de sua mente adolescente e culpada pela morte acidental do pai?
Trama conhecida, mas não requentada pois bem amarrada pelo diretor D.J. Caruso (Roubando Vidas, 2004), que não consegue, no entanto, nos livrar da sensação de déjà vu no seu desfecho à Celular ou Quando um Estranho Chama, com os práticos utensílios domésticos aparecendo e servindo de arma ao heróico protagonista, mas que entretém e é melhor sobretudo na relação entre os adolescentes da vizinhança ou ao transmitir a sensação de confinamento do protagonista que no suspense, embora este renda boas seqüências, como a do supermercado ou a da invasão da garagem do vizinho suspeito pelo amigo oriental. E, logo no começo, ainda capricha nos sustos. Provavelmente um filme que reverei com prazer muitas e muitas vezes quando reprisar na TV. Agora deixa eu passar mais um tempinho internado sob os cuidados do Dr. House e suas píluas de sarcasmo até o trauma cívico passar, pois o Sete de Setembro taí, ó. Argh!
2 comentários:
vou começar a ver HOUSE hoje!
Mas é para ver com calma. A estrutura dos episódios se repete. O que vale são os diálogos e as tiradas, superiores às situações. E também, claro, o ator Hugh Laurie e a bela atriz que faz a Cameron da equipe. Have fun!
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