quarta-feira, setembro 12, 2007

Angela

(Itália, 2002)



A história supostamente real da bela Angela (a fraca Donatela Finochiaro), que trabalha na loja de calçados do marido, Saro (Mario Pupella), na verdade um negócio de fachada da máfia siciliana, sendo ela a encarregada de distribuir drogas em Palermo, acima de qualquer suspeita. Um dia, entre uma entrega e outra da mercadoria, que é enfiada nos sapatos para não levantar olhares desconfiados, ela se envolve num perigoso romance extraconjugal com o jovem intempestivo Masino (o boboca Andrea Di Stefano), recém-associado à quadrilha. Mas, desde o começo, a polícia está na escuta, acompanhando os passos de todos. Filme fraquíssimo, sobretudo porque em determinado momento a limitada diretora Roberta Torre, como típica mulherzinha, prefere se concentrar apenas no romance tolo entre Angela e Masino. Todo o resto, como os laços dela com a quadrilha desbaratada, passa a ser acessório, apequenando tudo, sem gerar grandes conflitos ou maior tensão que sustente o interesse, ainda mais em se tratando da brutal máfia siciliana. Uma pena, porque a recriação da atmosfera lúgubre das ruas da Palermo dos anos 80 é muito convincente, mas, em seu excesso de planos detalhes fúteis, o filme acaba ficando mesmo só na superfície do que é mostrado.

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