Wer sich der Einsamkeit ergibt ("Aquele que se entregou à solidão") - Goethe
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Não é fraco, não, friendo!
Onde os Fracos Não Têm Vez: Oscar de filme, diretor(es), ator coadjuvante (Javier Bardem) e roteiro (brilhantemente) adaptado. Mais do que merecidas foram também as premiações para Daniel "I´ve abandoned my child" Day-Lewis (Sangue Negro), para a bela Marion Cotillard (Piaf) e Tilda Swinton, surpreendendo como coadjuvante em Conduta de Risco. Mais do que esperada a premiação de melhor roteiro original para Juno. E a única também, thank God (ou Diablo!). Outros prêmios justos: melhor filme de animação para Ratatouille, fotografia para Sangue Negro, trilha sonora para Desejo e Reparação, direção de arte para Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, figurino para Elizabeth: A Era de Ouro e canção para Once, que no momento dos agradecimentos, feito em duas partes, teve um discurso emocionado de seus dois intérpretes, compositores e protagonistas. Já O Ultimato Bourne consagrou-se nos prêmios técnicos (Edição de Som, Mixagem e Edição). Pena que Transformers, o melhor blockbuster de 2007, não tenha levado a estatueta de efeitos visuais, que ficou para o sem-graça A Bússola de Ouro. E resta aguardar para saber se The Counterfeiters, o ganhador da estatueta de melhor filme estrangeiro da Áustria, terra de grandes diretores do passado como Billy Wilder, Fred Zinnemann, Fritz Lang e Otto Preminger, é tão bom assim para ter desbancado os filmes de Wajda e Nikita Mikhalkov. De resto, uma cerimônia correta, quase sem surpresas e autocongratulatória do início ao fim, com algumas boas, outras nem tanto alfinetadas a cargo de seu politizado apresentador Jon Stewart, que contou ainda com a nobre presença na platéia de Cormac McCarthy, autor de No Country For Old Men, e que demonstrou que há ainda muito lugar para os velhinhos. Aos menos no cinema. Que o diga Robert Boyle, diretor de arte e designer de produção de vários filmes de Hitchcock e homenageado da noite aos 98 anos. E palmas para Lewis, Bardem, McCarthy, para o corajoso final enigmático e sem concessões do livro e do filme e, principalmente, para os irmãos Coen, que três vezes subiram no palco do Kodak Theatre nesta madrugada.
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8 comentários:
David, gostei bastante do Oscar 2008, fiquei mais satisfeito do que em 2007. Só esperava algo mais emocionante nos depoimentos dos Irmãos Coen, com vitórias em melhor filme e direção já esperadas. ADOREI ver os incríveis efeitos visuais de “A Bússola de Ouro” sendo vencedores da noite, o que deve animar o estúdio a produzir as duas sequências já aguardadas. A surpresa mais agradável, entretanto, é o Oscar de melhor atriz coadjuvante para a incrível Tilda Swinton.
O resultado do Bolão será divulgado amanhã. Passo por aqui para avisar em qual posição você ficou.
Abraço, excelente semana.
David,
sem dúvida nenhuma, a melhor cerimônia - em resultados - de anos. Também vibrei com as estatuetas dos Coen e da Marion, porque mereciam, mas tudo podia acontecer em se tratando de Oscar. Bardem, Lewis e Diablo já eram favas contadas. Figurino deveria ter ficado com "Sweeney Todd". Atriz coadjuvante com Cate Blanchett ou Saoirse Ronan. Mas está bom. A perfeição não existe mesmo.
Abração
curti bastante a ediçãod esse ano do oscar pelos vencedores e não pela festa em si, que ficou a desejar em vários momentos...
mas foram todos merecidos, ams aidna não me conformo com o oscar dado pelo figurino e efeitos especiais...argh!!! rs
parabens pelo blog
abraços
Hahahahaha. Gostei do título do post!
Eles foram todos comemorar com o Day-Lewis tomando MILK SHAKE enquanto jogavam boliche com GRANDE LEBOWSKI!!
Oi, Alex. Pelo jeito não fui muito bem, né? Hehehe. E gostei mais dos efeitos de Transformers, espetaculares, mas, mesmo com a vitória, duvido que A Bússola... ganhe continuação, ao contrário do trabalho de Michael Bay. Foi um fracasso e até o executivo da New Line responsável pelo projeto foi mandado embora. E Tilda tava merecendo. Só faltava um projeto a altura de seu talento.
Todas as indicadas a coadjuvante eram excelentes, Demas. Qualquer uma premiada estaria de bom tamanho. Felizmente foi para Tilda, uma atriz que há muito admiro.
Rodrigo, achei bem bonitos os figurinos de Elizabeth, um filme que não é de todo ruim, como andam dizendo por aí. E volte sempre.
Eles, os machões, que fiquem lá tomando Milk Shake que eu vou logo ali na Austrália consolar a Cate Blanchett, hehehe.
Abraços a todos e continuem comentando.
A Tilda era a minha favorita entre as indicadas. Agora ela estava com um visual bem estranho, andrógino, hein!
Esse jeito andrógino é bem marcante nela desde Orlando, em que interpretava uma mulher e um homem, e também quando era a musa do Derek Jarman.
É verdade. Tinha esquecido dela em ORLANDO...
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