sexta-feira, junho 15, 2007

Andata e Ritorno – Quarta Parte

Retratos da Toscana:



Em Vergemoli, perto de Castelnuovo, as fantásticas formações de alabastro da Gruta do Vento, a quase dois mil metros de altitude.



Florença, a capital da Toscana. Grosso modo, uma série de monumentos e museus com obras-primas do Renascimento e de outras épocas (Brunelleschi, Benvenuto Cellini, Rafael, Michelangelo, Donatelo, Fra Angélico, Boticcelli, Vasari, esses caras todos) cercada de japoneses por todos os lados. Também tem ativa agenda cultural. Era o Maio (e Junho) Musical, com programação bem eclética, que reunia desde shows do Slayer e do Iron Maiden a apresentações da montagem da ópera O Ouro do Reno, de Richard Wagner. Aqui, na Piazza della Signoria, entre outros monumentos, David e David. O esculpido e o encarnado. Mas não se enganem: um deles é uma cópia.



Ao fundo, o cartão de visitas de Florença: a Ponte Vecchio sobre o rio Arno. Para lembrar de Puccini e da célebre ária O Mio Babbino Caro, da ópera Gianni Schichi:

O mio babbino caro,
mi piace è bello, bello;
vo'andare in Porta Rossa
a comperar l'anello!
Sì, sì, ci voglio andare!
e se l'amassi indarno,
andrei sul Ponte Vecchio,
ma per buttarmi in Arno!
Mi struggo e mi tormento!
O Dio, vorrei morir!

Babbo, pietà, pietà!
Babbo, pietà, pietà!



E, fugindo um pouco dos cartões postais de Florença, próximo à Ponte Vecchio, um grande cinema de arte. Pornô, claro. Ainda assim preserva o saguão elegante, inspirado na fantasia do Arlequim, dos tempos em que a programação do lugar era menos, digamos assim, "cult".



E, finalmente, Lucca, capital provinciana, terra natal de Puccini, a cidade por onde passávamos quase que diariamente para seguir de Castelnuovo a Florença, Siena, Montecatini, Arezzo, etc. É cercada por acolhedoras muralhas. Na foto, a Praça do Anfiteatro romano, erguida sobre as ruínas de uma arena romana e que tem os apartamentos mais caros de toda a Itália. Em Lucca, também um dos melhores momentos da viagem: o concerto do pianista sérvio Ivo Pogorelich e a sua interpretação muito particular (e triste) da mítica Sonata 32, Opus 111, de Beethoven, obra homenageada em Doutor Fausto de Thomas Mann, além de uma leitura bem eslava de Rachmaninoff e Scriabin.

2 comentários:

Anónimo disse...

Êba!! Meu irmãozinho voltou. E, apesar de não ter achado a minha máquina fotográfica, me trouxe um delicioso perfume e um milhão de amostrinhas grátis. Acabei de passar uma tarde agradabilissima vendo as fotos de tudo o que ele viu. Quem sabe um dia, vamos juntos dar um passeio pelo velho continente.
Um beijo e bom retorno.

Lorde David disse...

Quem sabe, sorella, esta próxima viagem não esteja tão distante. Vamos torcer por i$$o! Um beijo.