(28 Weeks Later, Reino Unido/EUA/Espanha, 2007)
Substituindo as longas e poéticas tomadas de Londres abandonada do anterior pelo campo, começa em ritmo forte esta continuação do excelente filme de Danny Boyle, aqui a cargo do espanhol Juan Carlos Fresnadillo (Intacto, 2001), adepto da correria. E não pára mais. Até o desenvolvimento mais aprofundado dos personagens passa a ser secundário. Durante a epidemia que transformou a população da Inglaterra em zumbis canibalescos velozes e furiosos, dizimando-a, os remanescentes tentam a todo custo sobreviver em meio aos despojos. Em mais um ataque numa fazenda, um deles (Robert Carlyle) consegue escapar, deixando para trás a mulher (Catherine McCormack). Semanas depois, com a epidemia controlada, os sobreviventes começam a retornar ao país, sob forte vigilância do exército americano. No entanto, um deles, justamente a mulher abandonada na fazenda, carrega o vírus e, ainda que imune a ele, volta a espalhar a contaminação. Então, outros sobreviventes, sobretudo dois irmãos, filhos dela, passam a ser perseguidos tanto pelos novos zumbis, ou infectados, como pelos militares, que tentam deter a ameaça a qualquer custo. Mais brutal, mais tenso e auxiliado ainda pelo bom uso da câmera na mão, chacoalhante, para acentuar a ação e os confrontos viscerais, num clima de caos generalizado, tem um final ainda mais sintético e apocalíptico que o anterior, homenageando Zombie (79), de Lucio Fulci. Produzido por Boyle, Alex Garland et caterva (Sunshine, 07, A Praia, 99), mantém ainda a convicção de ambos de que essa humanidade, cada vez mais desumana em sua determinação autofágica, não tem jeito mesmo. Eletrizante.
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