Impessoal, o estilo novelão das oito do Daniel Filho francês, também conhecido como Claude Lelouch, auteur de Um Homem, Uma Mulher, Retratos da Vida, Os Miseráveis, Os Intragáveis..., até que funciona para manter a atenção desta trama policialesca, cheia de ganchos narrativos e sobreassaltos no tempo, em que uma escritora consagrada (Fanny Ardant) é acusada de matar o seu ghost-writer. Depois, recuando no tempo e no espaço, pois vamos de Paris para a Borgonha e depois Cannes, versa sobre um serial killer foragido, conhecido por entreter suas pobres vítimas com truques de mágica antes de dar cabo nelas. E de um casal que se desentende num posto de gasolina, sob os olhos muito suspeitos do feioso, mas até que simpático e pleno de ambigüidades Dominique Pilon (o ator favorito do diretor Jean-Pierre Jeunet, de Delicatessen, Amélie Poulain, Alien 4), que, além de adorar truques de mágica e de criar estórias de assassinatos com algum talento narrativo e principalmente "realismo", insistente, oferece carona à bela moça abandonada (Audrey Dana). Ele, no entanto, acaba tendo que se fingir de noivo da mulher diante da família muito jeca dela. Família desconfiada, no entanto. De uma maneira ou de outra, as várias estórias se entrelaçarão até a reviravolta rocambolesca e totalmente inverossímil do final. Mas o filme, em sua despretensão, tem seus momentos, inclusive aqueles em que Lelouch permite se homenagear, filmando a perspectiva de um carro em movimento pelas rodovias francesas tal qual naquele seu célebre curta dos anos 60, em que, sem cortes, corria raivosamente com uma Ferrari pelas ruas esvaziadas da madrugada parisiense e que depois foi remixado ao som de música do Snow Patrol.
Wer sich der Einsamkeit ergibt ("Aquele que se entregou à solidão") - Goethe
quarta-feira, novembro 21, 2007
Crimes de Autor
(Roman de Gare, França, 2007)
Impessoal, o estilo novelão das oito do Daniel Filho francês, também conhecido como Claude Lelouch, auteur de Um Homem, Uma Mulher, Retratos da Vida, Os Miseráveis, Os Intragáveis..., até que funciona para manter a atenção desta trama policialesca, cheia de ganchos narrativos e sobreassaltos no tempo, em que uma escritora consagrada (Fanny Ardant) é acusada de matar o seu ghost-writer. Depois, recuando no tempo e no espaço, pois vamos de Paris para a Borgonha e depois Cannes, versa sobre um serial killer foragido, conhecido por entreter suas pobres vítimas com truques de mágica antes de dar cabo nelas. E de um casal que se desentende num posto de gasolina, sob os olhos muito suspeitos do feioso, mas até que simpático e pleno de ambigüidades Dominique Pilon (o ator favorito do diretor Jean-Pierre Jeunet, de Delicatessen, Amélie Poulain, Alien 4), que, além de adorar truques de mágica e de criar estórias de assassinatos com algum talento narrativo e principalmente "realismo", insistente, oferece carona à bela moça abandonada (Audrey Dana). Ele, no entanto, acaba tendo que se fingir de noivo da mulher diante da família muito jeca dela. Família desconfiada, no entanto. De uma maneira ou de outra, as várias estórias se entrelaçarão até a reviravolta rocambolesca e totalmente inverossímil do final. Mas o filme, em sua despretensão, tem seus momentos, inclusive aqueles em que Lelouch permite se homenagear, filmando a perspectiva de um carro em movimento pelas rodovias francesas tal qual naquele seu célebre curta dos anos 60, em que, sem cortes, corria raivosamente com uma Ferrari pelas ruas esvaziadas da madrugada parisiense e que depois foi remixado ao som de música do Snow Patrol.
Impessoal, o estilo novelão das oito do Daniel Filho francês, também conhecido como Claude Lelouch, auteur de Um Homem, Uma Mulher, Retratos da Vida, Os Miseráveis, Os Intragáveis..., até que funciona para manter a atenção desta trama policialesca, cheia de ganchos narrativos e sobreassaltos no tempo, em que uma escritora consagrada (Fanny Ardant) é acusada de matar o seu ghost-writer. Depois, recuando no tempo e no espaço, pois vamos de Paris para a Borgonha e depois Cannes, versa sobre um serial killer foragido, conhecido por entreter suas pobres vítimas com truques de mágica antes de dar cabo nelas. E de um casal que se desentende num posto de gasolina, sob os olhos muito suspeitos do feioso, mas até que simpático e pleno de ambigüidades Dominique Pilon (o ator favorito do diretor Jean-Pierre Jeunet, de Delicatessen, Amélie Poulain, Alien 4), que, além de adorar truques de mágica e de criar estórias de assassinatos com algum talento narrativo e principalmente "realismo", insistente, oferece carona à bela moça abandonada (Audrey Dana). Ele, no entanto, acaba tendo que se fingir de noivo da mulher diante da família muito jeca dela. Família desconfiada, no entanto. De uma maneira ou de outra, as várias estórias se entrelaçarão até a reviravolta rocambolesca e totalmente inverossímil do final. Mas o filme, em sua despretensão, tem seus momentos, inclusive aqueles em que Lelouch permite se homenagear, filmando a perspectiva de um carro em movimento pelas rodovias francesas tal qual naquele seu célebre curta dos anos 60, em que, sem cortes, corria raivosamente com uma Ferrari pelas ruas esvaziadas da madrugada parisiense e que depois foi remixado ao som de música do Snow Patrol.
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2 comentários:
Bem que vc podia ter deixado um link do youtube com esse clipe do Snow Patrol..hehehe.. Quanto ao filme, eu achei bem legal. Só parece novelão mesmo no final.
Eu ia deixar o link, mas fiquei com preguiça, hehehe. Quanto ao filme, eu achei legal também, dentro das limitações do diretor, mas não a ponto de me tornar um admirador incondicional do Lelouch, igual o Cakoff, hehehe.
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