domingo, abril 13, 2008

Meu Nome é Taylor, Drillbit Taylor

(Drillbit Taylor, EUA, 2008)



Três nerds típicos – o gordinho tarado e falastrão, o magricela desengonçado e tímido (prefigurando o sensacional McLovin, de Superbad) e o outro, baixinho e com aparelho nos dentes, que não desgruda dos dois –, calouros numa High School, sofrem nas mãos de um psicótico veterano fortão. Cansados das surras e humilhações rotineiras, decidem contratar um guarda-costas (Owen Wilson) para se protegerem. Porém, o homem responsável pela segurança deles, pago com o dinheirinho da suada mesada de cada um, é na verdade um sem-teto malandro, que vivia de esmolas pelas ruas de Los Angeles, apesar de veterano, ou melhor, desertor do exército americano.

Ótima premissa, baseada em idéia do genial John Hughes, rei dos filmes adolescentes dos anos 80, e no filme Cuidado Com Meu Guarda-Costas (1980), e um começo que garante boas risadas, a cargo do martírio do desengoçado, mas simpático trio de nerds. No entanto, com a entrada em cena do meio sorumbático Wilson (sozinho ele não segura um filme, ainda mais depois de uma tentativa real de suicídio), infiltrando-se como professor no ambiente escolar, a coisa toda desanda, além do ritmo irregular característico das produções de Judd Appatow (Ligeiramente Grávidos, Superbad, O Virgem de Quarenta Anos, Ricky Bobby, O Âncora), ao sabor da verborragia típica do co-roteirista Seth Rogen (ator em Superbad, O Virgem..., Ligeiramente...), numa mistura que muitas vezes não dá liga, neste filme do burocrático Steve Brill, com resultados um tanto aquém de seu hilário potencial. O produtor Appatow deveria era ter trazido o Matt Dillon de volta. E agora como o guarda-costas da garotada.

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