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terça-feira, outubro 16, 2007

Stardust - O Mistério da Estrela

(Stardust, Reino Unido/EUA, 2007)



Uma estrela cadente assume formas belamente femininas ao cair na Terra (Claire Danes) e é disputada por príncipes fratricidas, uma bruxa cheia de sortilégios (Michelle Pfeiffer, muito bem-aproveitada), que, junto com as irmãs também bruxas, quer manter intacta a sua beleza e juventude, e por um jovem apaixonado, Tristan (Charlie Cox), que, da mesma forma que seu pai fizera anos antes, cruza o muro que separa o mundo real do mundo imaginário, a fim de capturá-la e impressionar a garota mais bonita (e comprometida) da aldeia (Sienna Miller), nesta divertida e movimentada aventura inspirada na obra ricamente ilustrada de Neil Gaiman. Dirigida com inteligência por Matthew Vaughan (Nem Tudo é O que Parece), que, fiel às belas ilustrações de Charles Vess do livro original, evita a orgia de efeitos especiais computadorizados todo o tempo, algo tão comum em produções contemporâneas do gênero, privilegiando os diálogos bem-humorados, as situações ora sombrias, ora encantadoras, ora intimistas e as boas atuações de todo o elenco e ainda assim mantendo o tom épico nesta fábula que tem muito do espírito juvenil de Willow, A Lenda, O Feitiço de Áquila e, principalmente, de A Princesa Prometida, mas desta vez sem sintetizadores na trilha sonora e que tem como ponto alto uma das mais engraçadas performances de um Robert De Niro muito à vontade, dançando Can-Can e usando vestido, na pele do muito “macho” pirata capitão Shakespeare. Por vezes irregular, uma fantasia escapista que não tem, felizmente, vergonha de terminar com o bom e velho “e viveram felizes para sempre...”, como há muito tempo não se via no cinema.

terça-feira, março 20, 2007

O Bom Pastor

(The Good Shepherd, EUA, 2006)



O nascimento da CIA, o nascimento de um fantasma, na pele de Matt Damon, um de seus principais agentes. Repare como ele envelhece pouco ao longo dos mais de vinte anos de ação transcorrida neste O Bom Pastor, segundo trabalho de Robert De Niro na direção, reunindo um elenco todo estelar e admirável.

Após o casamento com a ricaça Angelina Jolie, Damon, no papel de Edward Wilson, um “americano tranqüilo”, discreto e brilhante, é chamado para ajudar a inteligência britânica durante a Segunda Guerra Mundial. Depois, com a Guerra Fria, é convocado para colaborar na formação daquele que seria o embrião da Central de Inteligência Americana, que recrutava jovens provenientes de boas universidades, especialmente brancos, protestantes e anglo-saxões (“wasps”), para compor seus quadros de americanos "patriotas". Invariavelmente, assuntos íntimos se misturarão a assuntos de Estado, o que não se trata de uma novidade, já que a agência se especializará em invadir e bisbilhotar intimidades alheias de forma a interferir em eventos políticos globais. Os amigos de hoje e até os filhos e familiares se tornarão suspeitos, neste filme contado em flashbacks, com roteiro complexo de Eric Roth, mas não prolixo, que De Niro dosa com necessária lentidão e rigor nos enquadramentos, sem se ater a contextualizações documentais que poderiam travar o andamento da narrativa. Abrindo o filme em 1961, com o fracasso da invasão americana na Baía dos Porcos em Cuba, do plano geral partirá, sobretudo, para o plano mais intimista, para os close-ups dos atores, do angustiado Matt Damon ao ambíguo agente russo que passa a colaborar para os americanos durante a Guerra Fria. Fascinante por destrinchar os bastidores pouco espetaculares da espionagem americana, mas que requer atenção nas suas quase três horas de duração. Nada cansativas, no entanto.