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segunda-feira, dezembro 03, 2007

A Lenda de Beowulf

(Beowulf, EUA, 2007)



Exuberante animação em 3-D a cargo de um especialista em fantasias “virtuais”, Robert Zemeckis (De Volta para o Futuro, Uma Cilada para Roger Rabbit, Forrest Gump, O Expresso Polar), que conta a saga do mitológico herói do título, o nórdico guerreiro Beowulf (Ray Winstone). Um homem um tanto egocêntrico e cheio de feitos a narrar que chega a Dinamarca governada pelo rei Hrothgar (Anthony Hopkins) para enfrentar o monstro Grendel (Crispin Glover), que, após uma celebração regada a vinho e “hidromel”, despertado, massacra os súditos no salão de festas real. Porém, a morte de Grendel nas mãos de Beowulf provoca a fúria da mãe da criatura (Angelina Jolie), que se vinga de forma sangrenta, obrigando o herói a também combatê-la. Mas, dessa vez, mais do que um outro monstro, Beowulf terá que lutar contra seus próprios instintos e impulsos humanos, demasiadamente humanos, se desejar prevalecer agora como o novo rei “virtuoso” da Dinamarca, conforme as canções entoadas a seu respeito. Mais do que o impressionante visual, melhor apreciado em salas de projeção 3-D (para mim, tanto faz, já que só enxergo razoavelmente bem com um dos olhos!), impressiona também o roteiro minucioso de Neil Gaiman e Roger Avary, fiel ao espírito da epopéia anônima medieval, apesar de algumas mudanças na estória original, mas com alta dose de violência, linguagem séria, cheia de arcaísmos, recitativos e alguma nudez no todo. Além disso, ótimos atores como Hopkins, Winstone, John Malkovich, Robin Wright-Penn emprestam muito mais charme e veracidade aos personagens virtuais que os atores “reais” que atuam mais como bonecos emborrachados em 300 ou Eragon, por exemplo.

terça-feira, março 20, 2007

O Bom Pastor

(The Good Shepherd, EUA, 2006)



O nascimento da CIA, o nascimento de um fantasma, na pele de Matt Damon, um de seus principais agentes. Repare como ele envelhece pouco ao longo dos mais de vinte anos de ação transcorrida neste O Bom Pastor, segundo trabalho de Robert De Niro na direção, reunindo um elenco todo estelar e admirável.

Após o casamento com a ricaça Angelina Jolie, Damon, no papel de Edward Wilson, um “americano tranqüilo”, discreto e brilhante, é chamado para ajudar a inteligência britânica durante a Segunda Guerra Mundial. Depois, com a Guerra Fria, é convocado para colaborar na formação daquele que seria o embrião da Central de Inteligência Americana, que recrutava jovens provenientes de boas universidades, especialmente brancos, protestantes e anglo-saxões (“wasps”), para compor seus quadros de americanos "patriotas". Invariavelmente, assuntos íntimos se misturarão a assuntos de Estado, o que não se trata de uma novidade, já que a agência se especializará em invadir e bisbilhotar intimidades alheias de forma a interferir em eventos políticos globais. Os amigos de hoje e até os filhos e familiares se tornarão suspeitos, neste filme contado em flashbacks, com roteiro complexo de Eric Roth, mas não prolixo, que De Niro dosa com necessária lentidão e rigor nos enquadramentos, sem se ater a contextualizações documentais que poderiam travar o andamento da narrativa. Abrindo o filme em 1961, com o fracasso da invasão americana na Baía dos Porcos em Cuba, do plano geral partirá, sobretudo, para o plano mais intimista, para os close-ups dos atores, do angustiado Matt Damon ao ambíguo agente russo que passa a colaborar para os americanos durante a Guerra Fria. Fascinante por destrinchar os bastidores pouco espetaculares da espionagem americana, mas que requer atenção nas suas quase três horas de duração. Nada cansativas, no entanto.